A força física aparente, o preconceito moral e a discriminação embutida nas cabeças masculinas, quanto retrocesso nos colocou!
No que tange ao tratamento para com as mulheres, até mesmo aqueles que se diziam imorais e diferentes da regra geral em todos os temas, acabaram por demonstrar a sua hipocrisia e seu preconceito fétido. Talvez, aí reside o que acreditamos ter ocorrido a homens como Nietzsche, ao qual acabou por demonstrar seu pauperismo ideológico em suas referências ao papel da mulher na sociedade.
Nietzsche em passagens muito rápidas de alguns de seus livros como “Além do Bem e do Mal” e “Ecce homo”, considera a mulher como subserviente ao homem, ou para ele assim deve ser. O filósofo expõe também em outros pontos o papel subjetivo da mulher na história.
Podemos destacar alguns trechos:
“A mulher deve ser considerada como propriedade do homem, como fazem os orientais” (Nietzsche - Além do bem e do mal).
“O homem será preparado para a guerra e a mulher para o passatempo do guerreiro” (Nietzsche).
Essas idéias quanto ao espírito feminino mantém as muitas das características racistas das teorias nietzschianas como a superioridade que detinham determinadas raças.
Entretanto, em tempos bem mais remotos do que estes poderíamos até considerar que a visão e a posição estabelecida pelo homem no que se refere às mulheres como incipientemente aceitável, porém quando adentramos em nosso tempo, um sentimento de desprezo nos toma conta. “Nossa época é mais esclarecida”. O machismo, a sociedade masculina, é uma “demência”, “um grande sinal de ignorância dos homens modernos e também da sociedade moderna (porque acreditamos que há uma parcela de culpa por parte das mulheres também).
Infelizmente ainda encontramos cabeças de abóbora no assunto como Nietzsche, que se reduz a uma monótona análise da posição da mulher em relação ao homem sem levar em consideração o seu papel individual, enquanto agente modificadora do meio assim como o homem...