TEXTOS ANTIGOS

ONTEM, NÃO ERA EU

-Ontem não era eu que estava ali, não, não era... Ontem eu me dei conta que eu não era eu. Algumas noites após um dia de trabalho isso me vem a lume no meu pensar, mas ontem foi...

-Ontem eu me distanciei a 100 milhas de um ser humano, mas essa subida foi a muito tempo atrás, não queria lembrar isso agora, prefiro falar daquele outro ontem, aquele que desse texto até ele não tem mais de 12 horas, pois foi nesse ontem que me dei conta que não sou eu, não era eu.

-Um rompimento, uma tentativa após uma demonstração, que se diga aos outros e que se diga a si mesmo, o que faz isso acontecer?

-Uma gota de um líquido interno se faz aparecer, e ofusca parte do papel, talvez seja  uma contribuição a essa literatura, mas não, não era eu, na verdade eu me lembro que estava...

- Aliás, esse texto não é meu, não pode ser meu, eu não teria capacidade de fazê-lo, de fazer isso que me olha de lá de cima e ri, não, não era...

-Aos pedaços, e caído, não ouvir, não olhar, não dizer palavra, era tudo demasiado complicado.

-Essas mãos, não, não são...

-Mas não era...

-Isso poderia ser uma mentira, mas não é

-Não

-Eu diria que dava pra mudar, mas já passou muito tempo.

-Mas há muito tempo, muito tempo de...

-Eu não consigo completar, é difícil, mas não era eu.

-São palavras de rabisco, que me faz consternar.

-Eu poderia tentar refazê-los

-Mais nada iria mudar

-Por que dele, e de ontem, e daquele outro ontem  não era eu...

-Não era eu
-...
-...
-...
-Estou ainda a pensar

-Esse texto é muito triste para mim

-DIRIA O MAIS DOLOROSO DE TODOS

-E o pior de tudo que reflete algo, algo de...

-Eu disse ontem que tinha passado

-Mas depois das 12, dessas 12 horas

-Não sou não sou...

-E eu não sei

-A luz após a passagem por uma senda

- Um rio a passar

- E depois não olhar para trás

-A muito tempo, os 12, as 12 horas
-12

-Anos

-Não, ali , era sim..

- Mas hoje tem

-Eu faço sempre questão de assinar os meus textos, mas esse eu não consigo, eu não tenho coragem, não foi eu que fiz, mas ontem não era eu, eu queria que esse texto...

-Mas eu acordei, e tudo é real, e vi, mas eu não vou assinar, não tenho coragem.

________________________________________________________________________________





CQC, Casseta e Planeta, entre tantos outros meios que proporcionam o humor através da mídia seja ela impressa ou eletrônica, a primeira vista são muito divertidos. As sátiras, piadinhas, com o estado corrupto de nossa  política causam muitas risadas nos espectadores, colaboram com a denúncia de certos desvios de conduta de nossos políticos, são essas talvez as principais atribuições desses “projetos de manifestação”.

Mas, nos últimos anos essas produções humorísticas têm alcançado um espaço cada vez maior nos meios de comunicação, tornando-se contínua e reiteradamente um viez de grande influência ideológica.
O grande problema é que esse tipo de humor midiático tem contribuido intensamente para a desvalorização no tratamento das questões políticas do Brasil. Hoje, o brasileiro incentivado pelo humor ao tocar na questão política do país, sempre leva as coisas para o lado da gozação.

Entretanto, penso que se a situação política do Brasil está cada vez pior, não é fazendo piadinhas que vamos resolver o referido problema, mas sim tratando-o de forma séria, com denúncia, protesto e tentativas de mudanças.

Assisto e acho o humor midiático muito divertido, mas eu pergunto aos seus produtores: É DESSA MANEIRA QUE VAMOS RESOLVER A SITUAÇÃO POLÍTICA DESSE PAÍS?

O que precisamos é de movimentos como os “caras pintadas”; movimentos sérios que realmente mudam a história política de nosso país, e não desses “programas humorísticos de merda”, com burgueses como o Marcelo Tás que arrecadam milhões de dinheiro com propagandas e afirmando que está fazendo críticas a política brasileira.

Nunca é de mais perguntar a estes homens mais uma vez: É assim que vamos mudar profundamente o quadro político desta nação? Peco ao Tás e tantos outros cabeças de abobora e cabeças de repolho que nos polpem de suas anédotas idiotas!

Analisando a história política de outras nações, vejo que as revoluções políticas foram proporcionadas com muita serenidade, mas neste país rimos de nossa própria desgraça, rimos quando vemos um mendingo louco gritando pela rua, fazemos piadinha quando um político esconde dinheiro público na meia, em vez de sair as ruas em protesto sério e firme?
Oh! Povo brasileiro, é preciso superar a passividade que a muito tempo tomou conta de nossas ações... ACORDAIVOS, POIS...

__________________________________________________________________________________

MINHA AUSÊNCIA

- Me Pediram numa tarde de domingo, que eu dissesse palavra
-E gritaram, e falaram, e suplicaram o escutar de minha voz
-Enquanto eu permanecia atônito, imóvel
-Me pediram que eu seguisse a todos numa tarde de domingo
-No momento onde estavam a sorrir, a bailar
-Enquanto uma nuvem fosca impedia o verdadeiro brilhar do sol
-Ainda sim todos me olhavam concentrados
-Tomados pela minha representação
-Me pediram numa tarde de domingo, que eu dissesse palavra
-Mas, eu já não estava entre eles
-Não...
-Na verdade foi exatamente naquela tarde, que em um dia depois de um domingo e antes de uma segunda-feira
-Num dia que eu criei só para mim...
-Eu partir
-E agora vivo nesse intermezzo da noite e do amanhecer
-Numa madrugada escura, de um silêncio tremendo
-E assim partir de mim mesmo...
-E de todos
-Enquanto todos suplicavam as minhas palavras
-Meu silêncio matou a todos de uma só vez
-Foi naquela tarde de domingo, quando uma nuvem fosca impedia o iluminar do sol
-Eu me despedir de todos em silêncio
-Em grandeza de alma
-Não me viram não me escutaram
-Ao menos perceberam que em outro momento eu estava ali
-Enquanto eu subia as montanhas
-Nenhum deles estava  a me olhar
-E agora se vai o sol daquela tarde
-Talvez no porvir acabem por se dar conta, que eu na verdade nunca estava entre eles
-Que apenas meu estado físico, o meu pesar estava entre aqueles...
-Que me olhavam naquela tarde de domingo
-Quando haviam rosas e vinho tinto
-Quando não dava, mas para viver por está ali...
-Eu deixei tudo
-E deixei tudo
-E deixei a mim mesmo
-Naquela tarde de domingo
-Enquanto todos estavam a bailar
-Eu me retirei sem dizer palavra
-E agora subo as montanhas
-E supero, pois, esta nuvem fosca
-E vejo o sol a brilhar, a tinir no alto
-Como não haveria eu de está grato a mim mesmo
-Neste dia que criei só para mim
-Porque enquanto ao meu estado primo, deram-me, pois o papel de ser único
-E naquela tarde de domingo...
-Eu abandonei a mim mesmo
-Num silêncio eterno
-E agora vivo nesse dia uno e eterno
-Assim como a mim, enquanto destino
-Talvez no porvir percebam a minha ausência
-Quando o sol vir a brilhar no alto
-E não neste céu imaginário.

__________________________________________________________________________________

TALVEZ, EU NÃO

Nessas tardes tristes de inverno, vim lhe pedir desculpas, vim lhe pedir mil desculpas, é que chovia tanto lá fora e resolvi sair...É que no começo dessa estrada fria e tão deserta...É que quando eu estava a compor algo mais belo... Parece que comecei a sucumbir...Mas peço deculpas, mil desculpas...É que me dói tanto o peito...Nessas tardes tristes...


Por talvez não querer escutar, por talvez querer mostrar que aguentaria toda aquela brisa que aplainava sobre mim e não escorria,e eu estava sempre a absorver aquela brisa tão fria... Nessas tardes de inverno, nessas tardes frias... Agora dói-me tanto o peito.

Tenho agora muito a pensar, pois como uma fotografia eu presentir uma retirada silenciosa e eterna, depois de tantas tardes frias, aquela de presentimento foi um derramar de lágrimas... Ah! Como me dói o peito!

Já não ultrapasso a meia noite, já não rabisco mais o papel nestas madrugadas, é que chovia tanto lá fora e resolvi sair de peito aberto, e ignorei tudo, e o que faço? Faz-me tanto pesar manter-me aqui até agora, e hoje me ver ainda aqui É O MEU TUDO! É A MINHA SUPERAÇÃO!

Minha vontade de continuar faz-me tão forte agora, mas se no amanhecer eu não dizer palavra, desculpas é que me doia tanto o peito, nessas tardes tristes de inverno...Nessas onde comecei aquilo que denominaria de grande comeco, muito mais singular do se foi até agora.

E como me dói o peito!

Estarei sempre a imprimir força como sempre fiz, estarei sempre na eternidade, mas se num amanhecer eu não dar mais passos nessa estrada deserta e fria, desculpas, não pude esperar a primavera... Por esta dor no peito...


___________________________________________________________________________

AGORA QUE O BRASIL PERDEU PARA A HOLANDA, EU PERGUNTO AOS BRASILEIROS: QUANDO É QUE VOCÊS IRÃO SUPERAR ESSA CULTURA MEDÍOCRE?

Eu que não sou brasileiro e sou “brasiliano”, eu que não paro totalmente a minha vida para assistir essa seleção jogar, eu que sou indiferente a toda essa mesmice, eu que estou muito feliz em saber que todos acordaram de seu sonho e voltam agora à vida real, não poderia deixar de criticar essa medíocre cultura brasileira:

Começaram de forma fantástica:
 No jogo do Brasil x Coréia do Norte fecharam as instituições de ensino e focaram a nação em torcer pela seleção. Que medíocre! Trocam um dia de educação por futebol. É por isso que desde 1500 estão nesse submundo, nessa decadência contínua e apática.

 Culpam os europeus por formarem essa medíocre nação brasileira, mas eu vos digo, vós que são os culpados de sua própria desgraça, vós que destroem a si mesmos. Oh! Brasileiros e não brasilianos. Vós acabais também afundando as minorias que aqui estão presentes, e cultivam esse solo fétido que se tem por aqui.

 Oh! Parvos acordem-vos de sua mesmice! É irritante para mim quando param essa nação no intuito de assistir 11 homens jogarem futebol. É preciso que se diferenciem as responsabilidades da diversão, pois aqui se utiliza a copa para fugir do mundo real, da vida real. Um mês de copa é um mês de pura alienação nesse país.

 Fazendo uma rápida análise futebolística da seleção brasileira, digo que os brasileiros enquanto torcedores não são sinceros para consigo mesmos. Qualquer imbecil desequilibrado sabe que esse pequeno time não tem capacidade de ganhar para seleções européias por vários anos. A derrota para a França em 2006 é mais um exemplo, mas todos continuam em sua ilusão. Como dizem: brasileiro não desiste nunca! Para mim eles não desistem de permanecerem nessa cultura medíocre.

 Digo aos alienados que vossas adorações chegam ao fim neste adorável dia de sexta-feira, voltai-vos as suas glórias e desilusões. Espero que na próxima copa do mundo de futebol estejam mais dotados de integridade intelectual e, de maturidade analítico-esportiva. Superai-vos essa cultura medíocre, de homens medíocres, formada por educadores medíocres, na sua democracia medíocre. Eu vos rogo: superem tudo isso, vós que são brasileiros e não “brasilianos”.



TEXTOS ANTIGOS

ONTEM, NÃO ERA EU

-Ontem não era eu que estava ali, não, não era... Ontem eu me dei conta que eu não era eu. Algumas noites após um dia de trabalho isso me vem a lume no meu pensar, mas ontem foi...

-Ontem eu me distanciei a 100 milhas de um ser humano, mas essa subida foi a muito tempo atrás, não queria lembrar isso agora, prefiro falar daquele outro ontem, aquele que desse texto até ele não tem mais de 12 horas, pois foi nesse ontem que me dei conta que não sou eu, não era eu.

-Um rompimento, uma tentativa após uma demonstração, que se diga aos outros e que se diga a si mesmo, o que faz isso acontecer?

-Uma gota de um líquido interno se faz aparecer, e ofusca parte do papel, talvez seja  uma contribuição a essa literatura, mas não, não era eu, na verdade eu me lembro que estava...

- Aliás, esse texto não é meu, não pode ser meu, eu não teria capacidade de fazê-lo, de fazer isso que me olha de lá de cima e ri, não, não era...

-Aos pedaços, e caído, não ouvir, não olhar, não dizer palavra, era tudo demasiado complicado.

-Essas mãos, não, não são...

-Mas não era...

-Isso poderia ser uma mentira, mas não é

-Não

-Eu diria que dava pra mudar, mas já passou muito tempo.

-Mas há muito tempo, muito tempo de...

-Eu não consigo completar, é difícil, mas não era eu.

-São palavras de rabisco, que me faz consternar.

-Eu poderia tentar refazê-los

-Mais nada iria mudar

-Por que dele, e de ontem, e daquele outro ontem  não era eu...

-Não era eu
-...
-...
-...
-Estou ainda a pensar

-Esse texto é muito triste para mim

-DIRIA O MAIS DOLOROSO DE TODOS

-E o pior de tudo que reflete algo, algo de...

-Eu disse ontem que tinha passado

-Mas depois das 12, dessas 12 horas

-Não sou não sou...

-E eu não sei

-A luz após a passagem por uma senda

- Um rio a passar

- E depois não olhar para trás

-A muito tempo, os 12, as 12 horas
-12

-Anos

-Não, ali , era sim..

- Mas hoje tem

-Eu faço sempre questão de assinar os meus textos, mas esse eu não consigo, eu não tenho coragem, não foi eu que fiz, mas ontem não era eu, eu queria que esse texto...

-Mas eu acordei, e tudo é real, e vi, mas eu não vou assinar, não tenho coragem.

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CQC, Casseta e Planeta, entre tantos outros meios que proporcionam o humor através da mídia seja ela impressa ou eletrônica, a primeira vista são muito divertidos. As sátiras, piadinhas, com o estado corrupto de nossa  política causam muitas risadas nos espectadores, colaboram com a denúncia de certos desvios de conduta de nossos políticos, são essas talvez as principais atribuições desses “projetos de manifestação”.

Mas, nos últimos anos essas produções humorísticas têm alcançado um espaço cada vez maior nos meios de comunicação, tornando-se contínua e reiteradamente um viez de grande influência ideológica.
O grande problema é que esse tipo de humor midiático tem contribuido intensamente para a desvalorização no tratamento das questões políticas do Brasil. Hoje, o brasileiro incentivado pelo humor ao tocar na questão política do país, sempre leva as coisas para o lado da gozação.

Entretanto, penso que se a situação política do Brasil está cada vez pior, não é fazendo piadinhas que vamos resolver o referido problema, mas sim tratando-o de forma séria, com denúncia, protesto e tentativas de mudanças.

Assisto e acho o humor midiático muito divertido, mas eu pergunto aos seus produtores: É DESSA MANEIRA QUE VAMOS RESOLVER A SITUAÇÃO POLÍTICA DESSE PAÍS?

O que precisamos é de movimentos como os “caras pintadas”; movimentos sérios que realmente mudam a história política de nosso país, e não desses “programas humorísticos de merda”, com burgueses como o Marcelo Tás que arrecadam milhões de dinheiro com propagandas e afirmando que está fazendo críticas a política brasileira.

Nunca é de mais perguntar a estes homens mais uma vez: É assim que vamos mudar profundamente o quadro político desta nação? Peco ao Tás e tantos outros cabeças de abobora e cabeças de repolho que nos polpem de suas anédotas idiotas!

Analisando a história política de outras nações, vejo que as revoluções políticas foram proporcionadas com muita serenidade, mas neste país rimos de nossa própria desgraça, rimos quando vemos um mendingo louco gritando pela rua, fazemos piadinha quando um político esconde dinheiro público na meia, em vez de sair as ruas em protesto sério e firme?
Oh! Povo brasileiro, é preciso superar a passividade que a muito tempo tomou conta de nossas ações... ACORDAIVOS, POIS...

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MINHA AUSÊNCIA

- Me Pediram numa tarde de domingo, que eu dissesse palavra
-E gritaram, e falaram, e suplicaram o escutar de minha voz
-Enquanto eu permanecia atônito, imóvel
-Me pediram que eu seguisse a todos numa tarde de domingo
-No momento onde estavam a sorrir, a bailar
-Enquanto uma nuvem fosca impedia o verdadeiro brilhar do sol
-Ainda sim todos me olhavam concentrados
-Tomados pela minha representação
-Me pediram numa tarde de domingo, que eu dissesse palavra
-Mas, eu já não estava entre eles
-Não...
-Na verdade foi exatamente naquela tarde, que em um dia depois de um domingo e antes de uma segunda-feira
-Num dia que eu criei só para mim...
-Eu partir
-E agora vivo nesse intermezzo da noite e do amanhecer
-Numa madrugada escura, de um silêncio tremendo
-E assim partir de mim mesmo...
-E de todos
-Enquanto todos suplicavam as minhas palavras
-Meu silêncio matou a todos de uma só vez
-Foi naquela tarde de domingo, quando uma nuvem fosca impedia o iluminar do sol
-Eu me despedir de todos em silêncio
-Em grandeza de alma
-Não me viram não me escutaram
-Ao menos perceberam que em outro momento eu estava ali
-Enquanto eu subia as montanhas
-Nenhum deles estava  a me olhar
-E agora se vai o sol daquela tarde
-Talvez no porvir acabem por se dar conta, que eu na verdade nunca estava entre eles
-Que apenas meu estado físico, o meu pesar estava entre aqueles...
-Que me olhavam naquela tarde de domingo
-Quando haviam rosas e vinho tinto
-Quando não dava, mas para viver por está ali...
-Eu deixei tudo
-E deixei tudo
-E deixei a mim mesmo
-Naquela tarde de domingo
-Enquanto todos estavam a bailar
-Eu me retirei sem dizer palavra
-E agora subo as montanhas
-E supero, pois, esta nuvem fosca
-E vejo o sol a brilhar, a tinir no alto
-Como não haveria eu de está grato a mim mesmo
-Neste dia que criei só para mim
-Porque enquanto ao meu estado primo, deram-me, pois o papel de ser único
-E naquela tarde de domingo...
-Eu abandonei a mim mesmo
-Num silêncio eterno
-E agora vivo nesse dia uno e eterno
-Assim como a mim, enquanto destino
-Talvez no porvir percebam a minha ausência
-Quando o sol vir a brilhar no alto
-E não neste céu imaginário.

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TALVEZ, EU NÃO

Nessas tardes tristes de inverno, vim lhe pedir desculpas, vim lhe pedir mil desculpas, é que chovia tanto lá fora e resolvi sair...É que no começo dessa estrada fria e tão deserta...É que quando eu estava a compor algo mais belo... Parece que comecei a sucumbir...Mas peço deculpas, mil desculpas...É que me dói tanto o peito...Nessas tardes tristes...


Por talvez não querer escutar, por talvez querer mostrar que aguentaria toda aquela brisa que aplainava sobre mim e não escorria,e eu estava sempre a absorver aquela brisa tão fria... Nessas tardes de inverno, nessas tardes frias... Agora dói-me tanto o peito.

Tenho agora muito a pensar, pois como uma fotografia eu presentir uma retirada silenciosa e eterna, depois de tantas tardes frias, aquela de presentimento foi um derramar de lágrimas... Ah! Como me dói o peito!

Já não ultrapasso a meia noite, já não rabisco mais o papel nestas madrugadas, é que chovia tanto lá fora e resolvi sair de peito aberto, e ignorei tudo, e o que faço? Faz-me tanto pesar manter-me aqui até agora, e hoje me ver ainda aqui É O MEU TUDO! É A MINHA SUPERAÇÃO!

Minha vontade de continuar faz-me tão forte agora, mas se no amanhecer eu não dizer palavra, desculpas é que me doia tanto o peito, nessas tardes tristes de inverno...Nessas onde comecei aquilo que denominaria de grande comeco, muito mais singular do se foi até agora.

E como me dói o peito!

Estarei sempre a imprimir força como sempre fiz, estarei sempre na eternidade, mas se num amanhecer eu não dar mais passos nessa estrada deserta e fria, desculpas, não pude esperar a primavera... Por esta dor no peito...


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AGORA QUE O BRASIL PERDEU PARA A HOLANDA, EU PERGUNTO AOS BRASILEIROS: QUANDO É QUE VOCÊS IRÃO SUPERAR ESSA CULTURA MEDÍOCRE?

Eu que não sou brasileiro e sou “brasiliano”, eu que não paro totalmente a minha vida para assistir essa seleção jogar, eu que sou indiferente a toda essa mesmice, eu que estou muito feliz em saber que todos acordaram de seu sonho e voltam agora à vida real, não poderia deixar de criticar essa medíocre cultura brasileira:

Começaram de forma fantástica:
 No jogo do Brasil x Coréia do Norte fecharam as instituições de ensino e focaram a nação em torcer pela seleção. Que medíocre! Trocam um dia de educação por futebol. É por isso que desde 1500 estão nesse submundo, nessa decadência contínua e apática.

 Culpam os europeus por formarem essa medíocre nação brasileira, mas eu vos digo, vós que são os culpados de sua própria desgraça, vós que destroem a si mesmos. Oh! Brasileiros e não brasilianos. Vós acabais também afundando as minorias que aqui estão presentes, e cultivam esse solo fétido que se tem por aqui.

 Oh! Parvos acordem-vos de sua mesmice! É irritante para mim quando param essa nação no intuito de assistir 11 homens jogarem futebol. É preciso que se diferenciem as responsabilidades da diversão, pois aqui se utiliza a copa para fugir do mundo real, da vida real. Um mês de copa é um mês de pura alienação nesse país.

 Fazendo uma rápida análise futebolística da seleção brasileira, digo que os brasileiros enquanto torcedores não são sinceros para consigo mesmos. Qualquer imbecil desequilibrado sabe que esse pequeno time não tem capacidade de ganhar para seleções européias por vários anos. A derrota para a França em 2006 é mais um exemplo, mas todos continuam em sua ilusão. Como dizem: brasileiro não desiste nunca! Para mim eles não desistem de permanecerem nessa cultura medíocre.

 Digo aos alienados que vossas adorações chegam ao fim neste adorável dia de sexta-feira, voltai-vos as suas glórias e desilusões. Espero que na próxima copa do mundo de futebol estejam mais dotados de integridade intelectual e, de maturidade analítico-esportiva. Superai-vos essa cultura medíocre, de homens medíocres, formada por educadores medíocres, na sua democracia medíocre. Eu vos rogo: superem tudo isso, vós que são brasileiros e não “brasilianos”.



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